O Rio Grande do Sul chegou, na quinta-feira (1º), a 106 casos confirmados de varíola dos macacos, de acordo com boletim divulgado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). O estado ultrapassa a marca de 100 casos da doença depois de quase três meses desde que o primeiro paciente com o vírus foi identificado, em 12 de junho.
Em Porto Alegre, o total de casos da doença chegou a 57, cinco a mais do que o registrado na quarta-feira. Há ainda 286 casos suspeitos em investigação.
Os casos estão distribuídos em 24 municípios gaúchos (veja a lista abaixo). Canoas é a segunda cidade com mais contaminações, com oito.
No dia 18 de agosto, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou a transmissão comunitária da monkeypox (nome em inglês da doença) no Rio Grande do Sul. Essa condição é estabelecida quando não é possível identificar a origem da infecção. Porto Alegre já havia declarado esse tipo de transmissão da doença no dia 12 de agosto.
Casos de varíola dos macacos por cidade:
Alvorada: 1
Campinas do Sul : 1
Campo Bom: 2
Canoas: 8
Carlos Barbosa: 1
Caxias do Sul: 4
Esteio: 1
Farroupilha: 1
Garibaldi: 3
Gramado: 3
Igrejinha: 3
Marau: 1
Monte Belo do Sul: 1
Novo Hamburgo: 5
Parobé: 1
Passo Fundo: 1
Porto Alegre: 57
Santa Maria: 1
Santo Ângelo: 1
São Leopoldo: 1
São Marcos: 1
Sapiranga: 1
Uruguaiana: 2
Viamão: 5
Doença
O diagnóstico para o monkeypox é feito por um teste do tipo PCR seguido de sequenciamento viral. O quadro clínico do atual surto é caracterizado por sintomas de erupções cutâneas localizadas, por vezes em apenas uma parte do corpo. O contágio acontece pelo contato direto com as lesões da pele ou com objetos contaminados.
A transmissão também pode ocorrer por gotículas respiratórias em contatos próximos.
Por isso, casos suspeitos devem passar pelo processo de isolamento, teste laboratorial e notificação às autoridades competentes. Na ausência de complicações ou fatores de risco (como imunossupressão ou gravidez), o isolamento pode ser cumprido em domicílio. A duração deve ser até a queda das crostas da pele e cicatrização das lesões.
Durante esse período, a vigilância do município permanece em contato com a pessoa para o monitoramento. Profissionais da Atenção Básica podem contar com o suporte do Telessaúde-RS para orientações e discussão dos casos.