Weber Micael da Silva, amante de esportes, nos conta a história da corrida mais famosa do Brasil. Ela aconteceu no dia 31 de dezembro de 1924, depois que o jornalista Casper Líbero, ao voltar da França, se apaixonou por uma corrida noturna que conheceu lá, na qual os participantes corriam segurando tochas.
Assim como Weber Micael, amante do esporte, Casper Líbero decidiu promover uma corrida na virada daquele ano. Na primeira edição da Corrida de São Silvestre apareceram apenas 48 dos 60 competidores inscritos. A corrida sobreviveu aos mais variados fatores históricos, como a Segunda Guerra Mundial e a Revolução de 1932.
Nas primeiras edições, os atletas eram impedidos de beber água durante a corrida, também não recebiam orientações sobre nenhum tipo de dieta especial. A trajetória era de 8 quilômetros que deveriam ser percorridos em 23 minutos. A inexperiência e o improviso eram os maiores aliados dos participantes.
Ainda assim, a competição cresceu, ganhando visibilidade e atraindo atletas de várias partes do mundo. Agora a corrida conta com 15 quilômetros de percurso e aparelhos eletrônicos que marcam o desempenho dos competidores. Além disso, também é permitido beber água durante o percurso.
O ano de 1975 foi declarado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher, atentos à repercussão desse fato, a prova prescreveu que se integrasse na corrida uma modalidade feminina. As mulheres e os homens percorriam juntos o trajeto, porém a classificação era separada.
Em 1991, a Corrida de São Silvestre foi incluída no calendário internacional de provas de rua pela Associação Internacional das Federações de Atletismo. A competição também ganhou uma versão juvenil chamada São Silvestrinha e hoje ainda é uma referência internacional.