Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) comprovaram altos índices de turbidez na chuva que caiu recentemente em Porto Alegre. A cor da água da chuva está seis vezes acima do limite considerada considerada pelo Ministério da Saúde, revelando uma situação preocupante para
A poluição no Rio Grande do Sul, especialmente a fuligem presente na atmosfera, está afetando a qualidade da água das chuvas, o que representa um risco à saúde, especialmente para quem pretende reutilizar
A ocorrência ocorre porque a chuva, que geralmente ajuda a limpar a atmosfera, está carregando grande quantidade de fumaça proveniente de queimadas. Essa fuligem se mistura à água da chuva, tornando-a turva e
Os pesquisadores da UFRGS descobriram que os níveis de turbidez da água da chuva ultrapassaram, em até 30 vezes, os limites considerados aceitáveis. Mateus Pessota, estudante de engenharia ambiental, destaca que é incomum encontrar tal quantidade de umidade em uma chuva comum.
A coloração da água também está fora dos padrões de consumo. O coordenador do laboratório de Saneamento da UFRGS, Loudi Albonorz, explica que a chuva, especialmente a que caiu após um longo período de seca, apresentou um elevado nível de sólidos totais, muito acima do esperado para a água de chuva.
Os pesquisadores alertam que a fumaça proveniente de outras regiões do Brasil continuará afetando o Rio Grande do Sul por mais 30 dias. Durante esse período, o uso da água da chuva deve ser restrito, sendo recomendado apenas para limpeza de calças. O uso para consumo humano ou animal é completamente desaconselhado.
Os pesquisadores também faz um alerta: essa fumaça originada do norte, centro-este e sudeste do país ainda deve se fazer presente no Rio Grande do Sul pelos próximos 30 dias. A água da chuva nesse período deve ter o uso bastante restrito. No máximo, para limpeza de calçada e consumo de animal completamente desaconselhável.